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30/09/2020
Ídolo no campo, na TV e no Cinema


Poster - Foto: Divulgação


Na vida, algumas coisas ruins acontecem para que outras coisas boas possam calhar no futuro. Este pensamento se aplica ao filme Ídolo. Como assim? Foi após uma derrota sofrida pelo Botafogo, que nasceu a ideia de se contar uma história boa, a qual pudesse encher de orgulho a torcida botafoguense. Assim, Nilton Santos foi parar nos festivais de cinema.

“A ideia surgiu em 2009. Estava assistindo ao jogo do Botafogo contra o Goiás e foi uma derrota por 4 a 1. Pelo comportamento da torcida, comecei a perceber o desespero por ídolos, sendo que o clube sempre teve uma história grande de jogadores a nível de seleção brasileira. Ali, eu achei que precisava contar essa história. Como o Nilton era o maior ídolo vivo, me pareceu natural falarmos sobre ele. Liguei para o Calvet (o diretor) conversamos e ele topou na hora”, conta Ricardo Macedo, produtor do filme.

Passada a euforia, como fazer a ideia ganhar vida? Primeiro, definir um roteiro. De acordo com Macedo, o script foi escrito e redesenhado diversas vezes. Mas, o importante era abordar a história sem um tom triste, devido a situação do Alzheimer. “Não tínhamos como esconder a doença, entretanto não era para ser visto com piedade, mas mostrar a sua grandeza e acho que conseguimos retratar bem isso”, disse.

O documentário narra o encontro do botafoguense Thiago Cesario Alviim com o Nilton e o seu desejo de levar o ídolo de volta a Araruama, onde o jogador tinha uma casa e adorava pescar. Paralelamente a esta aventura do herói, diversos amigos e companheiros de clube e seleção vão revezando-se em depoimentos, revelando histórias de bastidores e vestiários. Assim, o filme conta com grandes nomes do futebol como Zagallo, Amarildo, Gerson, Carlos Alberto Torres, Júnior, Zico, entre outros amigos e jornalistas como Sandra Moreyra, Luiz Mendes, Iata Anderson e Paulo Vinicius Coelho.

O filme também contou com um processo extenso de pesquisa e busca de imagens de época. Há também cenas emocionantes de uma grande festa de aniversário, que reuniu o técnico Joel Santana e o elenco alvinegro, que conquistou o título carioca de 2010, sobre o Flamengo. De acordo com o produtor, o nome do Nilton Santos abriu portas importantes para a colaboração.

“Conseguimos entrevistar quem queríamos, exceto o Pelé. Na época, ele estava mais debilitado e não quis participar do projeto. O João Moreira Salles cedeu um acervo de uma série que ele fez e nos ajudou a conseguir outras pérolas de acervo de imagem. O Garambone, da Globo, também nos ajudou muito. O ex-jogador e comentarista de futebol Júnior disse que faria de tudo para participar e conseguiu com a emissora Globo a liberação para dar entrevista”.

As primeiras imagens começaram em 2010, a produção teve alguns atrasos por conta de problemas burocráticos e com patrocínio. Mas, ídolo fez a sua primeira aparição ao público no dia 29 de setembro de 2014, no Cinépolis Lagoon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, durante o Festival do Rio. Há seis anos, por tanto. Em 2015, foi exibido em algumas salas de cinema e concorreu ao prêmio de melhor filme no CINEFoot.

Até hoje, quem deseja ver, rever e ver de novo, o filme encontra-se disponível nas seguintes plataformas: Google Play, Itunes Store, no Now e ESPN Watch. Separe a pipoca e, talvez, um lenço também. Emoção não vai faltar.



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